gente, pensando bem, olha só:
eu trabalho num mestrado em memória e patrimônio,
montei e trabalho há dez anos num centro de documentaçao musical,
jornais antigos, papéis velhos, fotografias antigos, fofoca de ontem são a minha praia.
eu curto.
(vai saber por que...)
música velha me emociona.
drama me parte ao meio.
não sei se sou barroca ou uma alma dos anos 1920 que encarnou fora de época.
mas até eu entendo que a memória está em crise.
assim, esta institucionalizada, que pretende preservar tudo, pra sempre, ao mesmo tempo.
que todos os ecos do passado devem se fazer presentes no presente.
a equação é simples: não dá!
somando o que foi com o que vem sendo produzido, não encaixa, não soma, não resulta, não cabe!
a não ser que a gente construa um mundo paralelo só pra armazenar os guardados.
que nem uma gente que eu conheço que comprou o apartamento do lado só pra ter onde guardar as memórias da própria vida.
equação complicada esta, de pensar na funçào da preservaçao, no que deve ser preservado, para que, como e porque.
ou, resumindo tudo isto na colocaçào inspirada do paulo leminsky, "haja hoje pra tanto ontem"!
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