domingo, abril 25, 2010
foi até onde deu pra ir de bicicleta...
e então tem gente que, como eu, se exige demais, se cobra demais, pensa que tem que ter resposta pra tudo, saber tudo, acertar, saber o que dizer e como agir.
e se desespera quando a vida dá uma rasteira e a gente fica sem saber o que fazer, não entende o que sente, não tem a menor idéia de como agir.
e daí vem um desnorteio, um destempero, um peso desnecessário, uma cobrança, um excesso de pensamentos, de razão, quando tudo poderia fluir mais leve e confiando no fluxo da vida.
aprendizado difícil este, mas por sorte tenho amores e amigos na vida, que tem paciência para me ensinar.
e eu, por minha parte, me esforço por aprender.
daí, taurina e lycopodium que sou, vou tentando sobrecarregar menos o baço, e praticar mais o ajustamento e a temperança.
mas, menos objetivamente e sem tanta citação de tarot e homeopatia, lembrei de uma coisa que pensei outro dia, argumentando comigo mesma que não adianta tanta exigência, que de uma forma ou de outra a gente não vai ser nunca perfeito nesta vida, e que vai errar sempre, de uma forma ou de outra.
ou seja: que gente é tudo meio capenga (com sua parcela de perfeição divina, claro).
e lembrei de uma história de um famoso costureiro (ou seria estilista, rafael?) pelotense que estava fazendo um vestido para uma menina da sociedade que ia festejar seus quinze anos.
a mãe da moçoila olhou, reolhou, e torceu o nariz para o vestido, reclamando com o estilista (ou seria costureiro?) que o vestido estava mais-ou-menos.
o estilista-costureiro respondeu:
"olha, minha senhora, a cidade é mais-ou-menos, a senhora é mais-ou-menos, sua filha é mais-ou-menos, eu sou mais-ou-menos, então O VESTIDO TAMBÉM É MAIS-OU-MENOS!"
resumindo: o que fazemos foi até onde deu pra chegar (fazer, pensar, realizar) na vida, foi até onde deu pra ir de bicicleta!
e alivia, temporal!
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3 comentários:
ai Bel, que vontade de também me contentar com varias coisas mais ou menos, deixar de exigir tanto...de mim, das meninas, de todos e tudo ao redor, e aceitar muitas coisas mais-ou-menos, tendo a certeza de que foi o que deu para fazer e que assim está bom...
bjão
Elisa
elisa querida,
não pensa que eu consigo...
me esforço, mas não consigo...
por isto digo que estou empenhada em aprender.
mas, dia a dia, a gente vai indo, procurando viver com menos cobrança, de si e dos outros.
beijos!
Se todas as pessoas, inclusive eu, conseguissem ver que coisas simples podem ser maiores e mais gratificantes, talvez não nos cobraríamos tanto de como agir, o que pensar... Quem sabe talvez não pensar tanto, se policiar tanto.
Quem sabe deixar fluir, tudo tem seu tempo, seu espaço, podemos sim reinventar um padrão, e por que não?
Podemos sim fazer tudo diferente dos outros, pois poderá ser o certo. Quem tem a fórmula perfeita da vida, ainda não conheci ninguem totalmente contente e conformado, deixemos o conformismo aos mediocres...
E nós vamos fazer o melhor que podemos, e dai que os outros achem que nossos atos sejam "mais ou menos", para nós são bem mais do que muito "dos menos" daqueles que nos julguem...
Vamos viver como acreditamos ser o certo, e os outros?
Cada um tem sua vida, é individual, então que outros?
BJS Jordana
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