(sei, sei que estou compensando os muitos dias sem escrever... mas não teve jeito de escrever antes, agora os assuntos se acumularam e vocês vão ter que me aguentar!)
na sexta feira consegui finalmente ver o filme da Edith Piaf.
fique emocionada, e isto para mim quer dizer muito.
a atriz está maravilhosa, parece um trabalho quase sobrenatural a forma como ela realmente encarna a piaf.
os olhos dela são impressionantes, e a cena em que ela sabe que o avião de marcel caiu é avassaladora.
achei interessante a maneira como o filme reconstroi a personalidade artistica de uma diva.
identificada com seu país, tendo vivido muitas e variadas coisas, e ao mesmo tempo uma personalidade que, de perto, é construída como um pouco dependente de quem estava ao seu lado.
pesquisando na internet, descobri o site do filme: http://www.edithpiaf.com.br/
e eles comentam que preferiram retratar o lado humano da diva.
diga-se de passagem, um filme sobre piaf já é por si so uma empreitada de grande dificuldade.
o que retratar de uma personalidade tão complexa?
acho que não é um filme definitivo, mas é um filme marcante.
não esgota o mito.
deixa inclusive de fora a piaf pública, a capacidade expressiva da cantora em seus discursos.
mas deveria um filme esgotar um mito?
ou apresenta-lo, gerando uma vontade de que o espectador conheça mais aquela personalidade, mais além do que o mito construiu?
fico com esta segunda opção, e acho que o filme cumpre com isto.
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