tinha um gravador sempre comigo quando eu viajava.
pra falar e contar historias quando caminhava pelas cidades,
e gravar e guardar os sons dos lugares e das ruas.
muitas vezes descrevia os sons, os cheiros, os jeitos,
que eram inaudíveis.
sons das minhas impressões enquanto andava.
depois eu misturava com musicas,
um pouco de musica, um pouco de fala, um pouco de sons.
fazia fitas K7 que mandava pelo correio para minha mãe
(ela e meu pai são grandes ouvintes, meus primeiros interlocutores
e muito importantes em todos os momentos da vida).
assim, levava-os comigo pela viagem, e plasmava som e tempo na viagem do andar.
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