A primeira vez que vi uma loja de conveniência na vida eu achei graça no nome e ri. E fiquei tempos pensando no quanto seria uma mão na roda se a qualquer momento pudéssemos comprar as conveniências mais necessárias para a convivência humana logo ali, no posto da esquina, 24 horas por dia, inclusive domingos e feriados.
A gente receberia uma visita impositiva (e sem aviso prévio de alguém da família naquele horário crítico do domingo a noite) e diria: ah, desculpe, não posso receber você agora, mas já que você insiste, vá até a loja de conveniência mais próxima e compre um vidrinho de semancol, assim você não perde a viagem.
Aliás, aproveite para comprar uma caixinha de generosidade com canudinho pra tomar uns goles e um pacotinho de boa educação, que não faz mal a ninguém e ajuda a digestão. Não seria o máximo?!
Imaginem aí se além de preservatidos, aborventes, analgésicos, cigarros, papel higiênico, comida congelada, salgadinhos, biscoitos, laricas em geral e aquela bebidinha amiga de última hora, a loja de conveniência vendesse também tudo aquilo que a gente mais precisa nas horas que não tem, não dá, não foi, não veio, não deu?!
Na minha loja de conveniência imaginária nós teríamos, assim, pensando nas necessidades mais urgentes do dia de hoje: vidrinhos de semancol, educação de base em caixinhas, coragem em garrafinhas pet, perseverança enlatada, generosidade em pacotinhos individuais, compreensão em maço ou retalho e umas “sedas” de lucidez, pra gente apertar e não acender agora.
E na sua loja de conveniência, teria o quê?! Conta pra mim que eu quero saber. ;o)
por denize barros, no la reina madre
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