segunda-feira, maio 17, 2010

devaneios cotidianos

"eis, aqui, leitor, um livro de boa fé... Sou eu mesmo a matéria deste livro, o que será talvez razão suficiente para que não empregues teus lazeres em assunto tão fútil e de tão mínima importância."
Michel de Montaigne (1533-1592), filósofo e criador de um gênero literário, o ensaio.

lendo isto na vida simples,
pensei que bem que o montaigne poderia ser considerado como precursor da cultura da blogosfera, quando o que mais se evidencia são as escritas de si, para usar um termo poético.
ao mesmo tempo, tornaram-se tão e tão costumeiros os devaneios "alrededor de los ombligos" que parece ser o único a se fazer em determinados blogs, incluído este que vos fala.
contribui para isto aquelas histórias de "conhece tua aldeia e conhecerás o mundo" (albert camus), "conhecer-se a si mesmo é a chave para conhecer os outros" (base de todas as correntes de qualquer tipo pós-final do século XIX, excluídas algumas).
com as quais concordo, haja visto.
por aqui, devaneios incluídos, segue em marcha o condado.
os hobbits passam bem, sem alergias ou viroses, mas cheios (literalmente) de questionamentos intensos e diários sobre a existência e as sem-razões do ser humano.
vocês imaginam a diversidade de assuntos que tem sido as nossas conversas.
e é claro que me encanto com os dois, anjo e apóstolo.
eu, de minha parte, envolvida em intenso processo de reformulação do projeto político pedagógico do curso de bacharelado em música - valente e digna epopeia capitaneada pelo rogério, da qual pretendemos nos haver com bravura e galhardia, como diria o luciano.
dos sentidos da existência e das razões do ser humano, também continuo me ocupando a diário, com ou sem o pedro e o gabriel, procurando a cada dia tratar o assunto com mais graça e leveza.
a julgar pelas respostas do mundo, acho que tenho sido exitosa no processo, tenhamos em conta as dores de cabeça que tem me dado uma trégua importante.
de resto, tenho procurado rir mais, de mim mesma inclusive, viver um dia de cada vez, e tentar não levar a sério nem minhas próprias opiniões, mesmo porque não sei se, cinco minutos depois de lançada a idéia, eu mesma ainda continuarei concordando com ela.
(p.s.: algumas coisas são perenes, não se preocupem, não deixei de ser taurina. apenas leiam como metáfora para uma busca de leveza, ou como devaneio, licença escrevente, brainstorm, ou ainda simples atualização breve e sucinta de notícias no blog. vocês seguem aí? então segurem firme a minha mão que a maré anda intensa!)

Um comentário:

rosa disse...

Pro meu gosto tá muito lindo este texto, cheio de bom humor ,sutilezas, conhecimentos e informações.
O condado em marcha...e os hobits... é realmente muito inspirador.beijos mil escritora versátil
e dizer que me chamas de mami!
gracias a la vida que ma ha dado tanto

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