dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

Vinícius de Moraes

tem muito tempo que a elisa me mostrou esta poesia.
lembrei dela, porque a elisa mandou o endereço do blog novo que ela está escrevendo, onde tem os patchworks que ela faz.
lembrei dos beatles que eu ouvia com a elisa, das caminhadas de madrugada entre o cais e o verdes anos (1988?), dos discos de vinil jogados pela janela do apartamento dela para a praça (bela cena de filme...), e do vinicius e sua dialética.
às vezes sinto bem isto.
nao é uma tristeza que invade, que tome conta de tudo, que tenha motivo.
não tem motivo.
é só uma coisa que é, nem sei como, nem de onde vem.
dialética para o meu otimismo inegável de todos os dias.