terça-feira, julho 28, 2009

filhas da terra, de madu lopes



Filhas da terra
Sopradas pelo vento elas contemplam a noite fria.
As obras capturam um olhar sobre o aspecto feminino do pampa, representado nesta mostra pelas cores e formas de uma anima presente que permeia o imaginário do sul.
Como uma bruma gélida das noites de inverno.
Madu Lopes

nova exposição do meu querido amigo madu lopes na secult, que fica até dia 31.
fui, vi, gostei muito mas ainda nao consegui escrever sobre estas ultimas obras.
tem um texto antigo que escrevi sobre uma outra exposiçao dele, que já publiquei no blog, e quero escrever sobre estas, mas os textos saem quando eles querem, e nem sempre quando eu quero.
enquanto isto, publico um ótimo texto que meu amigo francisco vidal escreveu sobre madu, publicado em seu blog, pelotas capital cultural.

"Na sala Inah D'Ávila Costa, encontra-se por todo o mês de julho, uma coleção de 9 telas em tinta acrílica de Madu Lopes. A sala se encontra no prédio atual da Secult, em cujo térreo funciona o Centro Cultural Adail Bento Costa.
Como de costume, Madu Lopes pinta mulheres rodeadas de elementos femininos, como casas, luas com estrelas, bolsas, cabelos com flores, gatos, instrumentos para tecer, guarda-chuvas, bicicletas e delicados objetos como relicários, fitas e laços.
Apesar de tão enfática redundância, não é cansativo olhar estas imagens. Elas são puramente femininas; não mostram o que os homens veem no sexo oposto, mas o que as próprias mulheres sentem de si mesmas, em seu lado mais receptivo, amoroso, paciente e inclusivo.
Por consequência, mostram também o lado feminino de todo ser humano: essa capacidade matricial ou maternal, de homens ou de mulheres, pode conter um botãozinho, um novo ser humano, uma sinfonia, ou o universo.
Elas viajam pelo mundo em suas casas ou barcos, ou constroem sinfonias com suas máquinas de costura. Ou até mesmo fazem uma gaiola com estrelas parecer um lampião (esq.).
Estas mulheres mostram o feminino da terra do sul, da paisagem fria e dos sentimentos da solidão. Os nomes dos quadros reiteram os mesmos conteúdos: Bruma, Terra brumada, Modista, Viajante de vento, Estrelas da terra, Relicário de Ana.
Pode-se dizer que Madu Lopes utiliza as artes plásticas para transmitir imbricadas mensagens psicológicas, sociológicas e existenciais."
O artista plástico Manoel Eduardo Lopes de Oliveira, o Madu, é natural de Dom Pedrito e está em Pelotas desde 1991. No período de sua formação artística contou com três anos de atividade no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, de 1996 a 1998.
Iniciando pela cerâmica, desenvolveu-se na pintura em tela e na escultura e pintura em porongo. Profissionalizado a partir de 2000, sua produção segue a linha figurativa, com destaque para “mulheres com cabelo ao vento” e São Francisco de Assis.
Mais dados de Madu no site da ONG Viva o Charque.
Fotos de F. A. Vidal (1-5).
http://pelotascultural.blogspot.com/2009/07/nova-producao-de-madu-lopes.html

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