terça-feira, julho 07, 2009

amor de amar para sempre

o amor pode ser eterno?
Por Patrícia "Ticcia" Antoniete
(publicado na Revista Paradoxo)

Aos 36 anos eu não sei várias coisas, mas já sei algumas. Já sei, por exemplo, que as coisas e as pessoas são perfeitas na sua imperfeição. Assim, algo, alguém, ou uma determinada situação, quando começam, já guardam em si o mote da sua transformação, do seu desafio ou do seu fim como o conhecemos. Se a partir dessa transformação aquilo ou aquele seguirá ocupando um lugar - algum lugar, o mesmo lugar eu duvido - em nossas vidas, é outro papo.

E é assim que crescemos, aprendemos, ganhamos alguma coisa com o passar do tempo. Muitas vezes a custa de algum sofrimento – ou mesmo de muito, de separações, afastamentos, decepções, perdas, reencontros mais ou menos doídos, elucubrações do dipo "e se...?", decisões mal e bem tomadas, apostas confiantes, comprometimento, entrega.

Esses dias uma grande amiga me disse que depois de tomar uma atitude, acordava todo dia pensando "puxa vida, mudei meu destino". Duvido que exista sensação melhor do que esta, mais gratificante, mais feliz.

Então quando me perguntam se um amor pode ser eterno, eu respondo que sim e não. Se pensarmos em amor como todas as configurações que um sentimento pode adotar durante a vida para continuar existindo, sim. Se este sentimento vai ter uma conformação que siga se viabilizando e mantendo duas pessoas juntas pela vida toda? Talvez. Se vai seguir por anos e anos e anos igualzinho? Muito provavelmente não. Mas o orgulho das nossas escolhas, o fruto do nosso empenho, a sinceridade da nossa entrega, o comprometimento com a nossa felicidade, enfim, o amor da gente por nós mesmos - com trabalho e alguma sorte - vai mudando e ficando todo dia maior.

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