"Ela cortava o pano sem lágrimas nos olhos, refazia o corte necessário de um dia, certo dia, e costurava, e ao costurar recosia os ossos dos pés bem juntos uns dos outros e pregava como botões a alma tão arredia para mantê-la bem rente às solas e, ao bordar, contava os pontos, um, dois, dez, trinta, os bordados disfarçavam seus pensamentos."
Trecho do livro de mesmo nome que estou lendo, encantada, da Adriana Lisboa.
(a personagem Celina, a que cortava o pano sem lagrimas nos olhos, toma emprestadas algumas memorias da Denize Barros, a encantadora La Reina Madre)
ler resenha em http://www.adrianalisboa.com.br/resenha/rakushisha_rascunho.html
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