Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
( sei que estou publicando novamente estes poemas, mas parecem tão oportunos em uma época em que vanitas parece ser um dos mais generalizados comportamentos das pessoas... talvez ricardo reis, heterônimo de fernando pessoa, traga um pouco mais de humildade para perceber a vida e moldar seu próprio coração na caminhada que nos ensinam osho, pessoa e são fancisco.)
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