segunda-feira, outubro 08, 2007

de maternagens e outros

outro dia postei aquela foto bela dos olhos do gabriel, que consegui tirar (na verdade sem querer), com uma citação que achei maravilhosa do felipe botelho.
e ele ali comentou algo que fiquei ate agora pensando, e ainda estou pensando.
ele falou que meu blog tem alguma coisa de maternal, e nao é só porque tem foto dos guris.
fiquei pensando.
filhos pequenos, maternagem diária, contribui para isto.
alunos e aulas, ajuda-los a coloca-los em sua sina (en-sinar, como bem recorda o marcos), contribui também.
gestar artigos, escrever, outro tanto de materno.
um pouco disto consigo perceber, e por isto mesmo chamo meu tempo de de "tempo de borboletas" (gracias, graça carpes, por me definir tão bem, mesmo sem o saber!).
uma semana é o tempo, e daí vem um novo reinventar-se.
crisalida que gesta uma nova borboleta, seja gestação tranquila, seja abrupta e meio sem tempo como tem sido agora.
mas não deixo nunca de gestar.
claro que hoje o tempo compartilhado com trabalho, filhos, casa, marido, aulas, faculdade me força a um esforço cotidiano para encontrar tempo para mim.
e este blog é um deles.
mesmo que sem tempo, o vejo como um refugio, onde me encontro antes de poder escrever, e muitas vezes fico um tempo depois comigo, pensando.
sempre gostei muito de pensar, e escrever.
o tempo das borboletas para mim não significa morte.
mas um continuo renascimento.
que escolhe todos os dias viver comigo mesma e com quem esta comigo.
por isto, mesmo no meio do turbilhão de trabalho, retomei minhas aulas de flamenco e de pilates, volto para meu piano, minhas poesias e não desisti de estudar canto.
e amanhã ainda tenho contação de história na escola do meu filho pedro...
ou talvez ainda o ar maternal seja por conta de ser uma taurina, com ascendente em cancer, mas com um sol na casa de aquário e uma lua em sagitário que invariavelmente bagunçam tudo!
(gracias, felipe, por motivar toda esta reflexão!)

3 comentários:

Unknown disse...

isaaaaaaaa
tu mater, sempre entendendo tanto...
olha só...adorei a postagem...
e to com teu convite para o emu níver sábado...
Vê se me liga...
bjãoooooooooooooooooooo

Luiz Felipe Botelho disse...

Disponha, Isa.

Eu nem ia tentar explicar muito de onde veio o termo maternal que eu usei, mas o escolhi para o teu blog porque ele me passou uma sensação de acolhimento, um olhar carinhoso sobre o mundo, uma atitude simplificada e objetiva diante do que aparece, qualidades que as mães nascem com e manifestam quando se tornam as tais ou desenvolvem naturalmente no decorrer da lida do ser mãe. Não teve uma elaboração racional nisso, não. Foi mais percepção mesmo, a partir das entrelinhas e meandros do que estava exposto por aqui. Energia de mãe? Vai ver qúe é isso mesmo. Vai ver que é possível se ler a energia das coisa e a gente nem liga pra isso. Bom, eu ligo. Mas não conta pra ninguém, tá?

Ana disse...

Muito, muito, muito lindo tudo o que tu disse aqui. E verdadeiro. Tocante...

Adoro te ler e repensar minhas coisas na medida em que procuro entender as tuas!

Obrigada, Isa!

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