terça-feira, agosto 07, 2007

na bagunça do dia-a-dia...

tinha me prometido que nao faltaria à aula de flamenco, que me obrigaria a sair do trabalho uma horinha mais cedo para fazer alguma coisa para mim...
hoje já não deu certo, fiquei envolvida com os problemas da escola, e nao consegui sair.
na quinta feira consigo, penso comigo mesma...

Um comentário:

Anônimo disse...

Querida Isa,
hoje falates do teu di�rio "intern�tico". C� estou eu.
Fico impressionada como algu�m consegue fazer tantas coisas. Definitivamente, sou um paralelep�pedo, destes assentados no s�culo XIX, que nada fazem e continuam no mesmo lugar. Isso, felizmente, s� me faz mais admirar quem tem o tempo das borboletas. Lembro do Guimar�es Rosa: "Quando nada acontece, h� um milagre que n�o estamos vendo."

Agora estou gravando o teu CD e lembrei do nome do "conjunto que gravou um LP" (aquele que o alem�o n�o me deixou falar antes!). Enfim, o nome � M�veis Colonias de Acaju. Eu adorei. Outro que gostei foi um tal de Apollo Nove, no disco Res Inexplicata Volans. Estou providenciando a grava�o destes tamb�m.

Buenas, apesar de j� ter escrito por demais, vou finalizar, colando Ad�lia Prado por aqui. Um grande beijo. �tima semana.
Alessaandra

LEITURA
Ad�lia Prado

Era um quintal ensombrado, murado alto de pedras.
As macieiras tinham ma�s tempor�s, a casca vermelha
de escur�ssimo vinho, o gosto caprichado das coisas
fora do seu tempo desejadas.
Ao longo do muro eram talhas de barro.
Eu comia ma�s, bebia a melhor �gua, sabendo
que l� fora o mundo havia parado de calor.
Depois encontrei meu pai, que me fez festa
e n�o estava doente e nem tinha morrido, por isso ria,
os l�bios de novo e a cara circulados de sangue,
ca�ava o que fazer pra gastar sua alegria:
onde est� meu form�o, minha vara de pescar,
cad� minha binga, meu vidro de caf�?
Eu sempre sonho que uma coisa gera,
nunca nada est� morto.
O que n�o parece vivo, aduba.
O que parece est�tico, espera.

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