segunda-feira, julho 11, 2005

moça com brinco de pérola


há dias pensava em comentar este filme, mas sempre me esquecia. faz um tempo que vi, e me impressionei com tudo: a luz, as cores, o ritmo do filme, a fotografia, o fato do filme inteiro se mover dentro das cores que Vermeer utilizava em seus quadros. mas o que mais impressiona é a relação de descoberta do mundo que se desenvolve através da pintura e das cores. o pintor pergunta à moça: "de que cor são as nuvens?" ela, criada da casa onde ele mora com a mulher, os filhos e sogra, responde logo à pergunta que lhe parece óbvia: "brancas!" e quando percebe que ele continua com a expressão curiosa de quem indaga, volta a ver, e se detém, e diz: "brancas, azuis, amarelas, rosadas..." e ela então tinha passado a ver as nuvens de outra forma, e a enxergar suas outras cores. para além da simples e primeira aparência. interessante que, é certamente difícil ver as coisas além desta primeira impressão, e mais o era a uma mulher deste tempo e da sua classe social. uma mulher no século XVI muito raramente deveria ter opinião, mas nunca uma criada! e ela é a única que consegue partilhar da sensibilidade do pintor...

4 comentários:

Anônimo disse...

li o livro, não vi o filme ainda.
o livro é muito doce, retratando a inocência e inteligência da menina.

Anônimo disse...

oi.

Anônimo disse...

Eu fui ver esse filme no cinema. Fiquei maluca, cheguei em casa e fui procurar imagens do artista nos livros de história da arte. Esta tudo lá, a luz, o ritmo e o silêncio do filme. Essa sensibilidade que brota do silêncio, da observação e da curiosidade. Pedi na locadora e vou ver denovo.

Anônimo disse...

eu vi e tambem gostei ;))

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