segunda-feira, junho 27, 2005

instinto maternal contemporâneo

todos os dias depois da aula o pedro me olha e me diz: "mãe, me dá uma nenezinha? pra gente ter em casa?" daí fico pensando: "uma irmãzinha, ou irmãozinho pra ele, claro, tá na hora, por que não? seria ótimo! afinal, o pedro já está com três anos." cresci numa família grande, com três irmãos, todos menores que eu, ou seja, tive que superar o nascimento de outros três a virem desbancar meu reino de filha... claro, com o tempo a gente vai superando e até acha legal ter mais gente pra brincar, pra brigar, para disputar a atenção dos pais, pra dividir os iogurtes... e pra depois virar gente que a gente ama muito, apesar disto tudo... mas por fim: nunca pensava que o pedro fosse ser filho único, crescer sem irmãos. claro que pensando agora... dá uma preguiça... barriga grande, enjôo, achar horário, encaixar outra criança no dia-a-dia... acho que instinto maternal contemporâneo tem esta dose de "pé-no-chão", o que não invalida achar lindo criança pequena! (para quem ainda não conhece, vale dizer de ler "maitena", e um livro chamado "a terceira mulher", do gilles lipovietsky; pelo menos pra não achar que a loucura de dizer todas estas coisas é só minha!)

2 comentários:

Paul disse...

Isa, toda aquela mão de obra foi em vão... Acabei de descobrir que agora o blogger resolveu aceitar a postagem direta de imagens, nem precisa do hello ou de qualquer outro programa prá isso (melhor prá nós). Ali nas ferramentas de postagem tem o "botãozinho" prá isso. Beijos!

Anônimo disse...

Ai, Isa, é tão isso mesmo... Que confusão. Será que antes era mais fácil? Eu acho que antes se "esbudegava" mais o físico, mas a mulher não tinha que lidar com esse "on/off" de mãe/mulher/profissional/vitaminada... Sei lá, é lindo, lindo, lindo ser mãe, mas parece que não dá tempo pra continuar sendo as outras coisas, e ao mesmo tempo é tão essencial continuar sendo. Como não se sentir culpada, por exemplo de gastar cinco minutos do tempo de trabalho, usando um computador público para escrever pelo menos um "hallo" para a irmãzinha tão querida, mas que a gente não consegue se falar nunca, mesmo morando a poucas quadras uma da outra? Que salada. Minha cabeça anda uma omelete (bem como minha barriga, que parece uma geleca), mas pelo menos estou MUUUUITO FELIZ. Como dizia a propaganda do colchão: O IMPORTANTE É SER FELIZ NA CAMA (nem que seja pra dar uma cochilada). Beijo grande, Biba

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